O Método indutivo é caracterizado pela presença da indução. Indução é uma operação mental que permite a generalização de uma idéia a partir da observação de fatos particulares. Não poderíamos fazer conhecimento científico do fato particular, pois o conhecimento científico pretende ser universal. Então, o cientista estuda uma certa amostra ou parcela bem distribuída de um fato, para adquirir possibilidades reais de generalização para toda a população daquele fato.
Por exemplo, Joseph Gay-Lussac(1778-1850), quando formulou a lei dos gases, baseou-se em observações particulares, experimentando diferentes gases: Hidrogênio, oxigênio, gás de ácido fluobórico e a amônia e viu que esses gases se combinavam numa razão numérica simples e conclui que todos os gases se combinam dessa forma. Em condições normais de temperatura e de pressão, o volume resultante da combinação de dois gases mantém uma relação numérica simples com os volumes de cada um deles (Lussac)
Um exemplo simples de indução muito usado nos textos sobre esse assunto é o que segue:
O cachorro é mortal;
O gato é mortal;
O Homem é mortal.
Ora, cachorro, gato e homem são animais.
Logo, todo animal é mortal.
Mas, a lógica indutiva científica não é completa, deixa sempre grandes lacunas na maioria dos objetos estudados. Analisando o exemplo dos gases de Lussac. Se, em determinado momento, se descobrir que dois determinados gases não se combinam dessa forma, este conhecimento terá de ser modificado. Então, o conhecimento decorrente da indução está sempre na iminência de superação.
O método indutivo é o mais usado para os estudos das ciências da natureza. Essas ciências produzem seus conhecimentos através de investigações experimentais. Após alguns estudos em uma amostra representativa da classe dos fatos, faz-se a generalização.
Muitas das nossas ações no mundo moderno estão embasadas nos conhecimentos desenvolvidos pelo método experimental indutivista. Por exemplo, quando viajamos de avião, temos certeza de que não cairá se forem mantidas as condições especificadas no estudo. Quando tomamos uma anestesia, temos certeza de que vamos acordar após a cirurgia, se forem mantidas as condições do estudo.
O princípio que dá valor e legitimidade à indução científica, independente do tempo e do espaço, é o princípio das leis. A natureza é regida por leis. As causas atuam de maneira uniforme. As mesmas causas produzem os mesmos efeitos. Toda relação de causalidade é constante. Por exemplo, verifica-se uma relação causal entre calor e dilatação. Logo, é constante esta relação: sempre e em toda parte, o calor dilata os corpos.
A indução, portanto, é a propriedade lógica que possibilita a generalização de uma proposição a partir de proposições particulares.
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