18/01/2009

Uso de containeres, tipos, características e classificação ISO. 9


Container é uma caixa construída em aço, alumínio ou fibra, criada para o transporte unitizado de mercadorias e suficientemente forte para resistir ao uso constante.

É um equipamento do veículo transportador que se caracteriza pela resistência e facilidade de transporte de mercadorias, por um ou mais modais.

É provido de portas, escotilhas e aberturas que permitem seu estufamento e esvaziamento com facilidade, cumprindo os objetivos propostos para a sua criação e utilização.

Os containers são Identificados com marcas, números, definição de espaço e peso. As características de resistência e identificação visam dar ao container vantagens sobre os demais equipamentos para unitização, como segurança, inviolabilidade, rapidez e redução de custos nos transportes.

A Convenção CSC -IMO -(International Convention for safe Containeres) estabelece normas para segurança nas operações com containeres. Tem como objetivo facilitar o comércio introduzindo regulamentos internacionais uniformes, de forma a garantir um alto nível de segurança no transporte de containeres.

Todo container utilizado em rotas internacionais deve ter uma placa CSC de Aprovação de Segurança, válida conforme acordado na Convenção Internacional para Segurança de Contêineres de 02-12-1972.

A Placa deverá conter as seguintes informações em língua inglesa ou francesa:

"APROVAÇÃO DE SEGURANÇA DA CSC"
País de Aprovação e Referência de aprovação:
Data (mês/ano) de fabricação:
Número de Identificação do Fabricante do Container ou o número atribuído pela Administração:
Peso Bruto operacional máximo (kg e Ib)
Peso de empilhamento permissível para 1,8g (kg e Ib)
Valor da Carga para teste de rigidez transversal (Kg Ib);
Espaço em branco para inclusão de outros valores, como: resistência das paredes laterais, inspeção, manutenção. etc.





Este equipamento é dotado de dispositivos de segurança aduaneira, e deve atender às condições técnicas de segurança previstas pela Legislação Nacional e pelas Convenções internacionais, que são ratificadas pelo Brasil.

A partir do seu desenvolvimento, os containers foram se transformando até chegarem à situação atual, tornando-se modulares e tendo as suas medidas padronizadas  para serem transportados por qualquer modal de transporte, sem problemas quanto às medidas dos veículos.

A padronização dos containers começou a ser pensada pela ISO ( International Organization for Standardization), e pela ASA (American Standard Association).

Com o tempo, a maioria dos países acabou adotando como padrão as especificações e dimensões propostas pela ISO, o que veio facilitar, inclusive, a construção de navios, caminhões etc., para o seu transporte, bem como guindastes e equipamentos apropriados para seu embarque, desembarque e movimentação.

No Brasil, as normas da ISO foram adotadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que em 1971 emitiu as primeiras normas relativas ao container, sua terminologia, classificação, dimensões, especificações etc.

O INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), é o responsável pelas adaptações das normas da ISO, e emite Certificados de Qualidade de Container.

Quanto ao regime aduaneiro de entrada no Brasil, o container estrangeiro tem um prazo de 180 dias para permanecer no país, que pode ser prorrogável . É admitido pelo Regime de Admissão Temporária.

Quando em trânsito com carga pelo território nacional com destino a outros paises,
está sujeito ao mesmo Regime e o prazo também é de 180 dias para permanecer no país.

Os containers são padronizados com medidas lidas em pés (‘) e polegadas (“). A única medida invariável é a sua largura que tem sempre 8’ (oito pés).

A sua altura pode ser de 8’; 8’6” e 9’6”, sendo a primeira padrão ISO e as demais, padrão ASA.

Quanto ao cumprimento, os mais comuns e conhecidos são os de 10’, 20’, 30’,40’ e 45’, embora existam outras medidas como 24’, 28’, 32’, 35’ e 48’.

Tipos de Containers
Dry Box: totalmente fechado, com portas nos fundos, sendo o container mais utilizado e adequado para o transporte da maioria das cargas gerais secas existentes, como alimentos, roupas, móveis, equipamentos, etc.

Ventided: semelhante ao dry box, porém com pequenas aberturas no alto das paredes laterais, podendo também tê-las na parte inferior das paredes, para permitir a entrada de ar, para transporte de cargas que requerem ventilação como café e cacau.

Reefer: também semelhante ao dry box, totalmente fechado, com portas nos fundos, apropriado para embarque de cargas perecíveis congeladas ou refrigeradas, que precisam ter uma
temperatura controlada, como carnes, sorvetes, frutas e verduras. Podendo ser equipado com
motor próprio para refrigeração ou ligado a uma tomada para seu funcionamento, tanto em terminais quanto nos veículos.

Bulk Container: similar ao dry, totalmente fechado, tendo aberturas no teto (escotilhas) para seu carregamento e uma escotilha na parede do fundo, na parte inferior para descarregamento,
apropriado para transporte de granéis sólidos como produtos agrícolas.

Open Top: container sem teto, que é fechado com lonas para transporte de cargas que apresentam dificuldades para embarque pela porta dos fundos e necessitam de um acesso especial, embora também possua a porta normal nos fundos. Próprio para mercadorias que excedam a altura do container, cujas cargas não poderiam ser estufadas num container dry box tradicional.

Half Height: container open top, sem teto, porém de meia altura 4’ ou 4’3 fechado com lonas e
cabeceira basculante, adequado para embarque de minérios, cuja carga é extremamente densa e, se embarca em um open top, este não poderia ser utilizado integralmente quanto ao aspecto de
volume, representando uma ocupação de espaço indevido no navio.

Open Side: com apenas três paredes, sem uma parede lateral, este container é apropriado para mercadorias que apresentam dificuldades para embarques pela porta dos fundos, ou que excedam um pouco a largura do equipamento ou ainda para agilização de sua estufagem.

Flat Rack: container plataforma, sendo uma combinação dos open top e open side, sem as paredes laterais e sem teto, com cabeceiras fixas, ou dobráveis adequado para cargas pesadas e grandes e que excedam um pouco as suas dimensões.

Plataform: container plataforma sem paredes e sem teto, tendo apenas o piso apropriado para
cargas de grandes dimensões ou muito pesadas.

Tank: container tanque, dentro de uma armação de tamanho padronizado, próprio para transporte de líquidos / gases a granel, perigosos ou não.

Existem diversos equipamentos para movimentação de containers em terminais e portos. Os mais utilizados são: reachstackers, tropllft, guindastes, transtainers e portainers.
O usuário do transporte marítimo, geralmente o importador ou exportador, ao movimentar sua mercadoria utilizando-se do container, fica obrigado a devolvê-lo ao armador no prazo pactuado, sob pena de pagamento de multa, conhecida como demurrage.

20 comentários:

  1. mtooo bom.. Obrigada, me ajudou muito... Parabens

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  2. Excelete material, suncinto e prático!

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  3. Valeu pela contribuição.

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  4. Gostaria de saber uma informação que não estou achando em lugar nenhum: tempo de duração dos containers. Quem rege isso? Tem tempo? Onde posso encontrar. Aguardo retorno. Obrigada. Xi

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  5. Ximene, dá uma olhada neste link: https://www.ccaimo.mar.mil.br/sites/default/files/CSC_Consol.pdf

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  6. por acaso você tem as fontes de onde foram tiradas essas informações?

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  7. oi rosilda, por acaso você sabe me informar a fonte de onde foram extraídas essa informações? obrigada

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    1. Daniela, eu pesquisei em vários documentos. Mas podes dar uma olhada nos seguintes links: https://www.ccaimo.mar.mil.br/sites/default/files/CSC_Consol.pdf;
      www.nelsonheusi.com/wp-content/themes/.../pdf/tipos_conteineres.pdf

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    2. Muito obrigada pelas informações, o seu artigo foi muito útil para a elaboração do meu trabalho de conclusão de curso.

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    3. Muito obrigada pelas informações, foram de grande ajuda.

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    4. Adorei suas explicações sobre os containers, muito bem entendida pela maneira simples e descomplicada que foi escrita.

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    5. Eu estava completamente perdida em como falar no meu TCC sobre as normas de regularizaçao do container no Brasil, depois de ler seu artigo ficou tudo mais claro para mim. Muito obrigada por esse artigo, agradeço o meu professor também por ter me enviado esse artigo.

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  8. o tempo de duração é de 5 anos podendo prorrogar de acordo com o seu estado de conservação aprovado pela CSC IMO ok.

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  9. Onde posso encontrar informações sobre riscos em containers? Preciso saber os possíveis riscos químicos, físicos e biológicos...

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    1. Crisna, será que este artigo sobre cargas perigosas resolve:http://metodologiacientifica-rosilda.blogspot.com.br/2009/01/normatizao-imo-cargas-perigosas.html

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  10. o tempo de vida de uma unidade "container" e de 15 anos no maximo...porem o mesmo surporta muito mais tempo, mais a norma elaborada pela ISO requer que o mesmo tenha 15 anos de vida util.

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  12. Estou a procura de fontes sobre container offshore com certificação DNV 2.7-1. poderia me ajudar?

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  13. estou precisando de fontes sobre container offshore com certificação DNV 2.7-1, poderia me ajudar?

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  14. Boa tarde, estou realizando o projeto de um conteiner para restaurante, gostaria de saber se as normas de fabricação e resistência dos containers devem ser aplicadas nesse caso e quais seriam as normas que regulamentariam a construção do container para meu caso.

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